BIBLIOGRAFIA
Cronologia bibliográfica:
1888 – Filho de Joaquim de Seabra Pessoa, funcionário e crítico musical, e de Maria Madalena Pinheiro Nogueira, nasce Fernando Antônio Nogueira Pessoa em 13 de junho, no Largo de São Carlos, em Lisboa.
1893 – Nasce o irmão Jorge. O pai, Joaquim Pessoa, morre de tuberculose. A família se instala na casa de Dionísia, avó paterna, louca.
1894 – Morre Jorge. Fernando Pessoa cria seu primeiro “heterônimo”, “Chevalier de Pas”. 1895 – Escreve o seu primeiro poema, infantil, intitulado “À Minha Querida Mamã”. A mãe, Madalena Nogueira, casa por procuração com o comandante João Miguel Rosa, cônsul de Portugal em Durban, África do Sul.
1896 – Parte com a mãe e um tio-avô, Cunha, para Durban. Nasce a irmã Henriqueta Madalena. Inicia o curso primário na escola de freiras irlandesas da West Street.
1897 – Faz a primeira comunhão.
1898 – Nasce a outra irmã: Madalena.
1899 – Ingressa na Durban High School e, com louvor, passa, na metade do ano, para o ciclo superior.
1900 – Nasce o irmão Luís Miguel. Admitido no terceiro ano do liceu, obtém o prêmio de Francês e, no final do ano, em dezembro, é admitido no quarto ano.
1901 –Escreve o primeiro poema em inglês: “Separate from thee”. Morre a irmã Madalena. Parte com a família para um ano de férias em Portugal.
1902 –Nasce o irmão João. Escreve o primeiro poema conhecido em português: “Quando ela passa...”. Como a família regressara antes dele, em setembro, Pessoa volta sozinho para a África do Sul.
1903 – Submete-se ao exame de admissão à Universidade do Cabo. Obtém a melhor nota entre os 899 candidatos no ensaio de estilo inglês, o que lhe vale o Prêmio Rainha Vitória. Cria o “heterônimo” Alexander Search.
1904 –Primeiro texto impresso: ensaio sobre Macaulay, na revista do liceu. Termina seus estudos na África do Sul. Nascimento da irmã Maria Clara. Criação do “heterônimo” Charles Robert Anon.
1905 – Retorna a Lisboa, onde passa a viver com uma tia-avó, Maria. Continua a escrever poemas em inglês. Inscreve-se na Faculdade de Letras, mas quase não freqüenta.
1906 – A mãe e o padrasto retornam a Lisboa para férias de seis meses, e Pessoa volta a morar com eles. Morre Maria Clara.
1907 – A família retorna mais uma vez a Durban. Pessoa passa a morar com a avó e as tias. Desiste do curso de Letras. Em agosto, a avó morre e lhe deixa uma pequena herança. Com o dinheiro, inaugura a tipografia Íbis.
1908 – Começa a trabalhar como correspondente estrangeiro em escritórios comerciais. Começa a escrever cenas do “Fausto”, obra que nunca terminará.
1910 – Escreve poesia e prosa em português, inglês e francês.
1911 – Escreve “Análise”, iniciando o lirismo tipicamente pessoano.
1912 – Conhece Mário de Sá-Carneiro, de quem se tornará grande amigo. Pessoa estréia publicando artigos em A Águia, provocando polêmicas junto à intelectualidade portuguesa. Passa a viver com a tia Anica.
1913 – Escreve os primeiros poemas esotéricos; escreve “Impressões do Crepúsculo” (poema paulista); “Epithalamium” (primeiro poema erótico, em inglês); “Gládio” (que depois usará na Mensagem); “O Marinheiro” (em 48 horas). Publica, em A Águia, “Floresta do Alheamento”, apresentado como fragmento do Livro do desassossego.
1914 – Primeiras publicações, como poeta, na Revista Renascença: “Impressões do crepúsculo” e “Ó sino da minha aldeia”. Cria os heterônimos Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Alberto Caeiro. Escreve os poemas de O guardador de rebanhos, “Chuva oblíqua”, odes de Ricardo Reis e a “Ode Triunfal” de Campos.
1915 – Lança os doisprimeiros números de Orpheu, que provocam escândalo. Crise no grupo do Orpheu: Álvaro de Campos ataca Afonso Costa.
1916 – Pessoa fica deprimido com o suicídio de Mário de Sá-Carneiro. Publicação em revista da série de sonetos esotéricos Passos da Cruz.
1917 – Publicação do “Ultimatum”, de Campos, na Revista Portugal Futurista.
1918 – Pessoa publica dois livrinhos de poemas em inglês, resenhados com destaque na Times.
1919 – Morre o comandante Rosa.
1920 – Conhece Ophélia Queiroz, a quem passa a namorar. Sua mãe e seus irmãos voltam para Portugal. Em outubro, atravessa uma grande depressão, que o leva a pensar em internar-se numa casa de sáude. Rompe com Ophélia.
1921 – Funda a editora Olisipo, onde publica poemas em inglês.
1922 – Publica Mar português, com poemas que serão retomados na Mensagem.
1924 – Publica, na Revista Atena, vários poemas de Campos.
1925 – Publica, na Atena, poemas de Alberto Caeiro. Decide parar a publicação da revista. Morre, em Lisboa, a mãe do poeta, em 17 de março. Seu estado psíquico o inquieta, escreve a um amigo, manifestando desejo de ser hospitalizado.
1926 – Cria, com o cunhado, a Revista de Comércio e Contabilidade.
1927 – A Revista Presença reconhece Pessoa como mestre da nova geração de poetas. Publica, na revista, um poema seu, um do Álvaro de Campos e odes de Ricardo Reis.
1928 – Campos escreve “Tabacaria”. Pessoa escreve poemas que integrarão Mensagem.
1929 – Publica fragmentos do Livro do desassossego, creditando-os a Bernardo Soares. Volta a se relacionar com Ophélia.
1930 – Rompe com Ophélia. Encontra o “mago” Aleister Crowley.
1931 – Escreve “Autopsicografia”. Publica fragmentos do Livro do desassossego.
1932 – Continua publicando fragmentos do Livro do desassossego.
1933 – Publica “Tabacaria” e escreve o poema esotérico “Eros e Psique”.
1934 – Finaliza Portugal, que, depois será chamado de Mensagem. Candidata-se ao Prêmio Antero de Quental. Escreve mais de trezentas quadras populares. Recebe o segundo lugar no concurso. Publica Mensagem.
1935 – Escreve a famosa carta a Adolfo Casais Monteiro, em que explica a gênese dos heterônimos. Redige sua nota biográfica, na qual se diz “conservador anti-reacionário”, “cristão gnóstico” e membro da Ordem dos Templários. Em 29 de novembro, é internado com o diagnóstico de cólica hepática. A sua última frase, escrita em inglês, diz: “I know not what tomorrow will bring’’. Morre no dia 30, às 20h30.
(Da introdução e cronologia de Jane Tutikian para a publicação da obra de Fernando Pessoa
Obridgado.
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